sexta-feira, outubro 28, 2005

Quotidianos #3

Mergulho no brilho cor de fogo do Tejo neste fim de tarde. Embrulhada em letras de fotocópias amarrotadas e sublinhadas a azul celeste, olho a gaivota urbana que voa sobre a vela. Como queria ser ave e ter a liberdade de escolher o rumo, nem que fosse o rumo de um só dia. Por entre ventos e brisas marinhas me perderia sem ter de enfrentar os mesmos rostos, os mesmos sorrisos falsos todos os dias... As letras continuam à minha frente, o sol mais uma vez se põem e o amanhã será igual.

Texto de Ana Fernandes.

Sem comentários: