domingo, fevereiro 18, 2007

A guerra é a guerra

Aqui estamos nós, soldados dum exército revolucionário, defendendo a democracia contra o fascismo, combatendo numa guerra que deve ter algum significado, e o pormenor das nossas vidas apresenta-se tão sordido e degradante como se estivéssemos na cadeia, abandonados num exército burguês
Muitas outras coisas reforçaram mais tarde esta impressão nomeadamente o tédio e a fome animal que nos acometiam, naquela vida que levávamos nas trincheiras, as miseráveis intrigas que se tecem a respeito duns restos de comida, as desprezíveis e quezilentas disputas em que se viciam as pessoas exaustas pelo sono.
Recordando a Guerra Espanhola
George Orwell
1997 Edições Antígonas pág. 14

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